segunda-feira, 23 de maio de 2011

Ivete Sangalo encheu de ritmos quentes Praça da Canção, num concerto em que esteve incansável

Quando entrou na Praça da Canção, no sábado à noite, Aline Pereira já sabia ao que ia e o que esperar do concerto que a fez sair de Aveiro em direcção a Coimbra. Afinal, ela já conhecia, de trás para a frente, o DVD que Ivete Sangalo gravou ao vivo no Madison Square Garden, em Nova Iorque, e que apresentou em três concertos em Portugal. 

A brasileira “furacão” não desiludiu e deu espectáculo durante mais de duas horas, interpretando novos e velhos temas que puseram a multidão, composta por largos milhares de pessoas, em plena agitação. Ela fez levantar poeira, pôs milhares de braços no ar, levou a vasta plateia a dançar e sambar ao som dos ritmos quentes que caracterizam o seu repertório.

«Estou a gostar muito, muito», dizia Aline Pereira, fã assumida, garantindo que «tudo o que Ivete faz tem um toque especial». Mais ou menos especial para quem assistiu, a verdade é que a cantora não defraudou as expectativas de quem ao Parque da Canção se dirigiu. Durante mais de duas horas esteve eléctrica, nas suas roupas que alguns consideram até um pouco carnavalescas, mas que se enquadram no estilo que caracteriza o seu trabalho. Algumas vezes interpretou baladas, mas grande parte do concerto foi dedicado aos ritmos bem mais quentes e acelerados. Ivete começou com “Acelera aê”, altura em que pediu logo à multidão para «tirar o pé do chão», e percorreu uma boa parte dos seus temas mais conhecidos. “Pererê”, “Carro velho” e “Arerê”, como não podia deixar de ser, puseram a multidão a mexer ainda mais, mas seria “Poeira” a grande música da noite.

Ivete Sangalo já tinha cantado em Lisboa e Porto, poucos dias antes, mas em Coimbra esteve novamente com garra e até prometeu voltar, para «curtir» um pouco mais a cidade que sabe ser de estudantes. «Sei que é uma cidade cheia de faculdades, de pessoas estudando para construir um futuro melhor», disse a cantora, que até falou na barraca das farturas do recinto, para estabelecer a analogia: «o que não falta aqui é fartura», disse, perante os milhares de espectadores que assistiam ao concerto. 

Muitos já a tinham visto ao vivo, mas voltaram, como Carla Rodrigues, de Estarreja, que já assistiu a três concertos de Ivete Sangalo, ou de Sara Alcaravela, de Lisboa, que dias antes tinha assistido a igual espectáculo no Pavilhão Atlântico. «A Ivete é... aquele espírito», referiu esta fã lisboeta. 


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